Nos últimos anos, as empresas americanas têm mudado seu foco para atender a um público específico: aqueles que detêm cerca de 50% da riqueza do país. Essa mudança estratégica tem sido impulsionada pelo crescimento da desigualdade econômica nos Estados Unidos, que tem levado as empresas a repensarem suas estratégias de marketing e vendas.
De acordo com um relatório da consultoria McKinsey, a parcela de riqueza detida pelos 10% mais ricos nos EUA aumentou de 67% em 1989 para 77% em 2016. Isso significa que metade da população americana possui apenas 23% da riqueza total do país. Essa disparidade tem chamado a atenção das empresas, que perceberam que precisam se adaptar para atender a esse público que detém grande poder de compra.
Uma das principais mudanças tem sido a diversificação dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. Antes, muitas delas focavam em produtos de luxo e de alto valor agregado, que eram acessíveis apenas para uma parcela da população. Agora, elas estão investindo em produtos mais acessíveis e que atendam às necessidades de um público mais amplo.
Além disso, as empresas também estão adotando estratégias de marketing mais inclusivas, que representem a diversidade da sociedade americana. Isso inclui a utilização de modelos e influenciadores de diferentes etnias, gêneros e classes sociais em suas campanhas publicitárias. Essa abordagem tem sido bem recebida pelo público, que se sente representado e valorizado pelas marcas.
Outra mudança importante tem sido a ampliação dos canais de vendas. As empresas estão investindo em e-commerce e em lojas físicas em bairros mais populares, para atender a um público que antes não tinha acesso a seus produtos e serviços. Além disso, muitas empresas estão oferecendo opções de pagamento parcelado e descontos para tornar seus produtos mais acessíveis.
Essas mudanças têm trazido resultados positivos para as empresas. De acordo com um estudo da consultoria Nielsen, as marcas que adotam estratégias inclusivas e diversificadas têm um crescimento de vendas 2,3 vezes maior do que as que não adotam. Isso mostra que atender a um público mais amplo pode ser benéfico não apenas para a sociedade, mas também para os negócios.
Além disso, as empresas também estão percebendo que a diversidade e a inclusão são fundamentais para a construção de uma imagem positiva e para a fidelização dos clientes. Um estudo da consultoria Deloitte mostrou que 83% dos consumidores preferem comprar de empresas que valorizam a diversidade e a inclusão. Isso significa que, além de aumentar as vendas, as empresas também estão construindo uma relação de confiança com seus clientes.
Outro fator importante é que as empresas estão percebendo que a diversidade e a inclusão também são fundamentais para a atração e retenção de talentos. Um ambiente de trabalho diverso e inclusivo é mais atrativo para os profissionais, que buscam empresas que valorizam a igualdade de oportunidades e a representatividade. Isso pode ser um diferencial competitivo para as empresas na hora de atrair os melhores talentos.
Além disso, a diversidade também traz benefícios para a tomada de decisão nas empresas. Um estudo da consultoria McKinsey mostrou que empresas com maior diversidade de gênero e étnica em seus quadros de liderança têm um desempenho financeiro 21% maior do que as que não têm. Isso mostra que a diversidade traz diferentes perspectivas e ideias, o que pode ser um grande impulsionador de inovação e crescimento.
Diante desse cenário, é importante que as empresas continuem