Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento de preços no mês de setembro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O reajuste da energia elétrica foi um dos principais responsáveis por esse aumento, tendo em vista a entrada em vigor da bandeira tarifária amarela.
De acordo com o IBGE, a inflação medida pelo IPCA registrou alta de 0,48% em setembro, o maior resultado para o mês desde 2012. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas dois apresentaram queda nos preços: comunicação (-0,01%) e vestuário (-0,09%). Os outros sete grupos tiveram aumento, com destaque para a habitação, que teve uma variação de 1,54%.
O aumento da energia elétrica, que faz parte do grupo de habitação, foi de 2,42% em setembro. Esse reajuste está diretamente ligado à entrada em vigor da bandeira tarifária amarela, que começou a valer no dia 1º de setembro. A bandeira tarifária é um mecanismo adotado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para sinalizar aos consumidores o custo da geração de energia elétrica.
Com a entrada da bandeira tarifária amarela, as contas de luz ficaram mais caras para os consumidores, já que essa bandeira representa um acréscimo de R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. A justificativa para esse aumento é a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, que são responsáveis por grande parte da geração de energia no país. Com isso, é necessário acionar mais termelétricas, que são mais caras, para suprir a demanda de energia.
Além da energia elétrica, outros itens que tiveram grande impacto no aumento da inflação em setembro foram os alimentos e os combustíveis. O grupo de alimentação e bebidas registrou uma alta de 0,78%, puxado principalmente pelo aumento nos preços do tomate (20,84%), do leite longa vida (4,09%) e do arroz (2,58%). Já o grupo de transportes teve uma variação de 0,70%, influenciado principalmente pela alta nos preços da gasolina (2,22%) e do etanol (2,63%).
Apesar do aumento da inflação em setembro, é importante ressaltar que o IPCA acumulado nos últimos 12 meses ainda está abaixo da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. O acumulado nesse período ficou em 2,89%, mostrando que a inflação está controlada e dentro do esperado.
Para os consumidores, o aumento da inflação pode trazer preocupações, já que os preços dos produtos e serviços tendem a ficar mais caros. No entanto, é importante lembrar que esse aumento é pontual e está relacionado a fatores externos, como a bandeira tarifária e a alta nos preços dos alimentos e combustíveis. Além disso, o governo tem adotado medidas para estimular o crescimento econômico e controlar a inflação, o que pode trazer resultados positivos no futuro.
Para aqueles que estão preocupados com o aumento dos preços, é importante manter um planejamento financeiro e evitar gastos desnecessários. Buscar por alternativas mais econômicas, como trocar marcas de produtos ou optar por versões mais baratas, pode ajudar a economizar no dia a dia. Além disso, é importante estar atento às promoções e descontos oferecidos pelos estabelecimentos comerciais.
Em resumo, o aumento da inflação em setembro, impulsionado pela energia elétrica e outros fato