No dia 15 de setembro, um incidente chocante aconteceu durante uma sessão de autógrafos do escritor Marcelo Rubens Paiva, na Bienal do Livro de São Paulo. Enquanto Paiva estava sentado em sua cadeira de rodas, um rapaz arremessou uma lata de bebida e uma mochila em sua direção. O que torna esse ato ainda mais repugnante é o fato de que o escritor é cadeirante e o agressor sabia disso.
Mas o que poderia ter sido um momento de terror e violência, se transformou em um exemplo de resiliência e força. Paiva, que estava usando uma máscara da atriz Fernanda Torres, que interpretou sua mãe Eunice Paiva no filme “Que Horas Ela Volta?”, indicado ao Oscar, conseguiu se manter calmo e lidar com a situação de forma admirável.
O escritor, que é conhecido por sua escrita sensível e humor ácido, não se deixou abalar pelo ataque. Em entrevista após o incidente, ele afirmou que não se sentiu intimidado e que continuaria a usar a máscara da atriz como forma de homenagear sua mãe e sua luta contra a ditadura militar no Brasil.
Essa atitude de Paiva é um exemplo de como devemos lidar com situações de preconceito e violência. Ao invés de se deixar abater, ele escolheu se manter firme e não se deixar afetar pelo ódio e ignorância do agressor. Além disso, sua escolha de usar a máscara da atriz Fernanda Torres é uma forma de mostrar que a arte e a cultura podem ser usadas como armas poderosas contra o preconceito e a intolerância.
É importante ressaltar que esse não é um caso isolado. Infelizmente, pessoas com deficiência ainda são alvos de discriminação e violência em nossa sociedade. Mas é através de atitudes como a de Paiva, que podemos começar a mudar essa realidade. Ao invés de nos calarmos e nos deixarmos intimidar, devemos nos manter firmes e lutar por nossos direitos e por uma sociedade mais inclusiva e respeitosa.
Além disso, é preciso que a sociedade como um todo reflita sobre a importância da inclusão e do respeito às diferenças. Afinal, todos nós somos seres humanos e merecemos ser tratados com igualdade e dignidade. Não podemos mais tolerar atos de violência e discriminação, seja qual for a sua forma.
Felizmente, o incidente na Bienal do Livro teve um desfecho positivo. O agressor foi identificado e preso pela polícia, e Paiva recebeu uma onda de apoio e solidariedade de seus leitores e colegas escritores. Além disso, a Bienal emitiu uma nota de repúdio ao ataque e reforçou seu compromisso com a inclusão e o respeito às diferenças.
Esperamos que esse episódio sirva como um alerta para a sociedade e que possamos aprender com a atitude de Paiva. Não podemos mais tolerar atos de violência e discriminação, e devemos nos unir em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. Afinal, como disse o próprio escritor em sua entrevista: “A gente tem que se unir, porque o ódio não pode vencer o amor”.
