A Dra. Ana Carolina Cortes, médica do Corinthians, recentemente fez uma declaração polêmica sobre os gramados sintéticos utilizados em alguns estádios de futebol no Brasil. Segundo ela, estes campos podem ser responsáveis por um aumento no número de lesões ligamentares em jogadores de futebol. A afirmação da médica se baseia em um estudo realizado pela UEFA, que aponta uma maior incidência de lesões neste tipo de superfície.
O estudo da UEFA, intitulado “Lesões em gramados sintéticos versus gramados naturais em jogadores de futebol profissional”, foi realizado durante a temporada 2015/2016 e analisou dados de 2.000 jogadores de 10 ligas europeias. Os resultados mostraram que os jogadores que atuaram em campos sintéticos tiveram uma probabilidade 1,38 vezes maior de sofrer lesões ligamentares em comparação com aqueles que jogaram em gramados naturais.
Para a Dra. Ana Carolina Cortes, estes dados são preocupantes e devem ser levados em consideração pelos clubes brasileiros que optam por utilizar gramados sintéticos em seus estádios. “É importante que os clubes tenham conhecimento destes estudos e levem em consideração a saúde dos jogadores na hora de decidir qual tipo de campo será utilizado”, afirmou a médica.
Além disso, a Dra. Ana Carolina também ressaltou que os gramados sintéticos podem ser prejudiciais para a saúde dos jogadores a longo prazo. “Estes campos podem causar um desgaste maior nas articulações dos jogadores, o que pode resultar em problemas futuros, como artrose e lesões crônicas”, explicou.
A polêmica em torno dos gramados sintéticos não é nova. Desde que foram introduzidos no futebol brasileiro, em 2010, eles têm sido alvo de críticas e debates. Enquanto alguns defendem que estes campos são mais resistentes e permitem a realização de jogos mesmo em condições climáticas adversas, outros apontam os riscos para a saúde dos jogadores.
No entanto, a Dra. Ana Carolina não é a única a se posicionar contra os gramados sintéticos. O próprio presidente da FIFA, Gianni Infantino, já se manifestou contrário ao uso desta superfície em jogos de alto nível. Em uma entrevista à BBC, ele afirmou que “o futebol deve ser jogado em gramados naturais, pois é a essência do esporte”.
Diante de tantas opiniões divergentes, é importante que os clubes brasileiros levem em consideração os estudos e as recomendações de especialistas na hora de decidir qual tipo de campo será utilizado em seus estádios. Afinal, a saúde e o bem-estar dos jogadores devem ser prioridade em qualquer decisão.
Além disso, é necessário que haja um maior investimento em pesquisas e estudos sobre os efeitos dos gramados sintéticos na saúde dos jogadores. Afinal, o futebol é um esporte de alto rendimento e os jogadores estão sujeitos a uma grande carga de treinos e jogos, o que torna ainda mais importante a escolha de uma superfície adequada para a prática do esporte.
É importante ressaltar que a Dra. Ana Carolina não está criticando o uso dos gramados sintéticos em todos os casos. Ela apenas alerta para os riscos e recomenda que os clubes tenham cautela na hora de optar por esta superfície. Afinal, a saúde dos jogadores é fundamental para o sucesso de qualquer equipe.
Em resumo, a declaração da Dra. Ana Carolina Cortes, baseada em um estudo da UEFA, traz à tona uma discussão importante sobre os gramados sintéticos utilizados no futebol brasileiro. É necessário que haja um maior debate e investimento em pesquis