O PSI (Principal Índice de Ações) é um dos principais indicadores do mercado acionário português, que mede o desempenho das empresas mais importantes listadas na Bolsa de Valores de Lisboa. Nas últimas semanas, o índice registou subidas acentuadas nos mais variados setores, impulsionado pela retoma económica e pelo otimismo dos investidores. No entanto, as quedas das energéticas impediram que o índice acompanhasse as subidas mais acentuadas registadas nas principais congéneres europeias.
Apesar de ter iniciado o mês de forma tímida, o PSI tem vindo a registar uma recuperação notável nas últimas semanas, acompanhando a tendência positiva dos mercados internacionais. No entanto, as energéticas, que representam cerca de 15% do índice, registaram quedas significativas, afetando assim o desempenho global do PSI. Esta situação não é exclusiva do mercado português, uma vez que as empresas do setor energético têm sido penalizadas em todo o mundo devido à queda dos preços do petróleo e à transição para energias renováveis.
Apesar deste cenário, o PSI continua a ser um dos índices mais rentáveis da Europa. Desde o início do ano, registou um crescimento de cerca de 15%, superando assim os principais índices europeus como o DAX alemão e o CAC francês. Este desempenho é ainda mais notável tendo em conta o contexto económico e político que Portugal tem enfrentado nos últimos anos, com a crise da dívida pública e os efeitos da pandemia.
Vários setores têm contribuído para o bom desempenho do PSI, com destaque para o setor tecnológico e da saúde. As empresas de tecnologia, como a Sonae e a Nos, têm tido um crescimento constante e têm sido muito procuradas pelos investidores. Já as empresas de saúde, como a Ramada Investimentos e a Bial, têm beneficiado da procura por produtos e serviços relacionados com a saúde e bem-estar, que se intensificou com a pandemia.
Outro setor que tem registado um crescimento significativo é o imobiliário. As empresas do setor, como a Sonae Capital e a Mota-Engil, têm tido um desempenho positivo devido ao aumento da procura por imóveis e às oportunidades de investimento no mercado imobiliário português.
Apesar do bom desempenho geral do PSI, as empresas do setor energético têm sido um ponto negativo no índice. A EDP e a Galp Energia, as duas principais empresas do setor, registaram perdas significativas devido à queda dos preços do petróleo e à transição para energias renováveis. No entanto, é importante ressaltar que ambas as empresas têm apostado na diversificação das suas fontes de energia, o que poderá contribuir para a sua recuperação no futuro.
No que diz respeito ao contexto internacional, os principais índices acionários europeus têm registado um desempenho positivo. O DAX alemão e o CAC francês registaram crescimentos de cerca de 8% e 12%, respetivamente, desde o início do ano. O índice italiano FTSE MIB foi ainda mais longe, com um crescimento de cerca de 13%. Estes resultados mostram que a recuperação económica está a ser sentida em toda a Europa, impulsionada pela vacinação em massa e pelas medidas de estímulo económico adotadas pelos governos.
Em conclusão, apesar das quedas das energéticas, o PSI tem apresentado um desempenho notável e tem superado os principais índices europeus. Vários setores têm contribuído para o seu crescimento, destacando-se o setor tecnológico