O governo brasileiro tem enfrentado uma grande polêmica nos últimos meses em relação a um artigo que permitiria a contratação de usinas a gás com 70% de inflexibilidade. Essa medida, que foi proposta pelo Ministério de Minas e Energia, poderia elevar os custos ao consumidor em até R$ 306 bilhões. No entanto, após muita discussão e pressão da sociedade civil e de especialistas, o governo decidiu recuar e retirar esse artigo do texto final da medida provisória.
A proposta do governo era incluir esse artigo na medida provisória que trata da modernização do setor elétrico brasileiro. A justificativa era de que essa medida seria necessária para garantir a segurança energética do país e evitar possíveis apagões. No entanto, essa decisão foi duramente criticada por diversos setores da sociedade, que apontaram os impactos negativos que essa medida poderia trazer para a economia e para o bolso dos consumidores.
Um dos principais argumentos contra a inclusão desse artigo é o fato de que as usinas a gás com 70% de inflexibilidade são mais caras e menos eficientes do que outras fontes de energia, como as usinas hidrelétricas e as usinas eólicas. Além disso, essa medida poderia gerar um monopólio no setor de gás natural, já que apenas algumas empresas teriam condições de atender a essa demanda. Isso poderia resultar em preços abusivos e falta de concorrência no mercado.
Outro ponto importante é que essa medida poderia prejudicar o desenvolvimento de fontes de energia mais limpas e renováveis, como a energia solar e a energia eólica. Com a contratação de usinas a gás com 70% de inflexibilidade, o governo estaria dando um passo atrás na transição para uma matriz energética mais sustentável e menos dependente de combustíveis fósseis.
Além disso, a inclusão desse artigo também gerou preocupações em relação ao impacto nos custos da energia para os consumidores. Estudos apontam que essa medida poderia elevar a tarifa de energia em até 20%, o que representaria um aumento significativo nas contas de luz das famílias brasileiras. Isso poderia comprometer ainda mais o orçamento das famílias, principalmente em um momento de crise econômica e pandemia.
Diante de todas essas questões, a sociedade civil se mobilizou e pressionou o governo para que esse artigo fosse retirado da medida provisória. Diversas entidades, como a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), se manifestaram contra essa medida e alertaram para os seus possíveis impactos negativos.
Felizmente, o governo ouviu as vozes da sociedade e decidiu recuar. O artigo que permitiria a contratação de usinas a gás com 70% de inflexibilidade foi retirado do texto final da medida provisória. Essa decisão foi comemorada por especialistas e pela população em geral, que viram nela um sinal de que o governo está atento às demandas da sociedade e disposto a rever suas decisões quando necessário.
Essa vitória da sociedade civil é um exemplo de como a participação e a pressão popular podem fazer a diferença na construção de políticas públicas. É importante que a população esteja atenta e engajada em questões que afetam diretamente o seu dia a dia, como é o caso do preço da energia. Afinal, somos nós, consumidores, que pagamos a conta no final do mês.
Além disso, essa decisão do governo também é um sinal positivo para o futuro do setor energético brasileiro. É prec