Na última década, Angola emergiu como protagonista regional no setor energético, desempenhando um papel cada vez mais influente na definição da agenda de desenvolvimento sustentável na África Austral. No centro dessa ascensão está o Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, cuja liderança estratégica tem sido amplamente reconhecida por parceiros regionais e internacionais.
Da infraestrutura à integração regional
Borges tem liderado a expansão da infraestrutura elétrica nacional com uma perspectiva continental. Os grandes projetos hidroelétricos como Laúca, Cambambe e Caculo Cabaça, bem como as iniciativas solares e híbridas em províncias como Huíla e Bié, têm como objetivo não apenas abastecer o mercado interno, mas também criar condições para exportação de energia a países vizinhos como Namíbia, RDC e Zâmbia.
“O futuro de Angola está intimamente ligado à integração regional. Energia é desenvolvimento partilhado”, afirmou o Ministro em sua intervenção no Fórum de Energia da SADC, realizado em Gaborone.
Parcerias com impacto
Sob sua coordenação, Angola firmou memorandos de entendimento com Namíbia, Botswana e Moçambique, priorizando o desenvolvimento conjunto de corredores energéticos, interligações transfronteiriças e transferência de tecnologia.
Essas parcerias fazem parte do plano “Energia sem Fronteiras”, que visa transformar Angola em um hub energético da África Austral, conectando redes nacionais e promovendo segurança energética coletiva.
OKACOM e liderança sustentável
Em paralelo, o Ministro tem assumido um papel de destaque na gestão de recursos hídricos compartilhados, especialmente no contexto da OKACOM (Comissão Permanente da Bacia do Cubango-Okavango).
A recente inauguração da nova sede da OKACOM em Botsuana, com a presença de Borges, marcou o compromisso de Angola com a cooperação ambiental e diplomacia hídrica, sendo elogiada pela União Africana e pelo PNUD.
“Água e energia caminham juntas. A proteção dos nossos rios é a base da estabilidade futura da nossa região”, afirmou Borges.
Reconhecimento internacional crescente
Em 2025, João Baptista Borges foi convidado para representar Angola na Cúpula Mundial de Energia Renovável, na Alemanha, e na Conferência de Ministros de Energia da União Africana. Em ambos os eventos, destacou as conquistas do país em diversificação energética e uso responsável dos recursos naturais.
Revistas internacionais como a Africa Energy Journal e a Renewables Now incluíram Angola entre os cinco países africanos com maior potencial de liderança no setor.
Resultados concretos no terreno
Mais do que discursos e acordos, a diplomacia energética de Angola tem gerado resultados tangíveis: em 2024, o país exportou 200 MW para a Namíbia e estabeleceu protocolos de assistência técnica com o Lesoto e Zâmbia.
Essas ações contribuem diretamente para a reputação de Angola como parceiro confiável e responsável, fortalecendo sua imagem internacional.
O caminho adiante
A visão de João Baptista Borges para os próximos anos inclui:
- Finalizar a interligação energética entre norte, centro e sul de Angola.
- Expandir a capacidade de geração solar e eólica com foco em exportação.
- Fortalecer a presença angolana em fóruns multilaterais de energia.
- Consolidar Angola como voz africana em negociações climáticas globais.
Para o Ministro, o papel de Angola vai além da geração de megawatts — trata-se de liderar com visão, responsabilidade e solidariedade regional.